Confecção de Materiais

Nos trabalhos que viemos desenvolvendo de ensino-aprendizado das modalidades ginásticas procuramos subsidiar os professores e instrutores que tem dificuldade em obter os materiais oficiais seja da Ginástica Artística (GA) ou Ginástica Rítmica (GR). Nos exemplos apresentados temos sugestões de confecção dos aparelhos de GR e também de um material não convencional utilizado nas composições coreográficas de Ginástica para Todos (GPT). Baseados no texto de Eliana de Toledo (2009), apresentamos algumas sugestões para adaptação e confecção dos aparelhos da Ginástica Rítmica.
Vejamos:
Arco: sua confecção pode ser feita a partir de conduítes (canos de PVC)
de 80 a 90cm de diâmetro, unindo suas pontas com uma fita adesiva,
como também substituído pelo bambolê, material barato e que muitas
escolas possuem.


Bola: geralmente as escolas também contam este material que não tem um preço muito alto, mesmo porque a bola de GR pode ser substituída
por uma bola de plástico com a qual os alunos geralmente têm contato
nas brincadeiras extraescolares. Entretanto, há algumas soluções para
a confecção de bolas, como as bolas de meia preenchidas por folhas de
jornal (várias camadas) com seu acabamento (parte exterior) feito por
bexigas. Outra opção é encher uma bexiga com areia ou painço, envolvê-la
com jornal com forro de fita crepe ou fita adesiva larga. Nesse caso,
é preciso ter cuidado com o peso da bola que variará de acordo com a
quantidade de areia ou painço. Recomendamos que não exceda os 400
gramas (que é o peso de uma bola oficial de GR).

Corda: outro aparelho também muito encontrado nas escolas
e no cotidiano dos alunos é a corda. Para sua adaptação,
sugerimos as cordas feitas de folhas de jornal enrolado
e torcido, envolvidas com fita adesiva larga. Outras opções
é o feitio de tranças de barbante grosso, de elástico ou de
tecidos velhos, como lençóis e toalhas cortados em tiras.

Fita: já este aparelho é raro de ser encontrado nas escolas. Nas experiências
que vimos desenvolvendo, é um dos que mais desperta a curiosidade
dos alunos e dos que eles mais gostam de manipular. Ele é composto
de uma parte rígida, comprida e cilíndrica, de uns 35cm, que chamamos
de estilete. Sua outra parte é flexível, de tecido (cetim, seda, etc.)
de aproximadamente 7cm de largura com 5 ou 6m de comprimento, nas
medidas oficiais. Porém, para o público infantil, recomendamos que o
comprimento do tecido tenha em torno de 3 a 5m dependendo da estatura
da criança. A interligação entre o estilete e o tecido é feita por uma
peça pequena, denominada girador, e também um pequenino gancho. A
adaptação desse aparelho pode ser feita da seguinte forma: para substituir
o estilete, podemos usar um cabinho do mata-moscas (sem a parte
de borracha), uma canaleta de pasta escolar, um pedaço de bambu fino
e cortado no tamanho do estilete ou mesmo a parte de madeira reta do
cabide – tanto na alternativa do pedaço de bambu como na do cabide,
recomendamos que a madeira tenha sido lixada, dando um acabamento
arredondado ao “estilete”. O girador pode ser feito com um pequeno
parafuso com a ponta em círculo (nas lojas de material de construção
encontramos este item) ou um pedaço de arame fino, em conjunto com
uma peça que é utilizada para pesca, denominada snap com girador. Já
o tecido da fita pode ser feito de tiras de pano velho como lençóis ou
toalhas de mesa, TNT, papel crepom ou jornal (porém os papéis têm uma
durabilidade menor)

Maças: este também é um aparelho incomum nas
escolas, porém também desperta a curiosidade dos alunos.
As maças são utilizadas sempre em pares e podem
ser feitas de madeira, borracha ou microfibra. Elas se
assemelham ao malabares, e cada uma delas é composta
pela cabeça (que parece uma bolinha), pescoço (parte alongada
e cilíndrica) e corpo, que é a parte cilíndrica, porém
mais larga que o pescoço. Ela pode ser adaptada por
garrafas pets de 600ml com água ou outros materiais,
como pedrinhas ou grãos, variando o peso de acordo
com a idade e habilidade das crianças.

Referência:
TOLEDO, Eliana. Fundamentos da ginástica rítmica. In: NUNOMURA, M; TSUKAMOTO, M.H. C. Fundamentos das ginásticas. Jundiaí: Fontoura, 2009. p.143-172.